domingo, 8 de agosto de 2010

Mensageiros sem mensagem?



Cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez. O resultado é fruto de uma pesquisa feita pelo atual editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana Oswaldo Paião, com 1255 entrevistados de diversas denominações, sendo que 835 participaram de um painel de aprofundamento. O motivo é a falta de tempo, apontaram os entrevistados.

Oswaldo conta que a pesquisa se deu através de uma amostragem confiável e que foi delimitada. Segundo ele a falta de tempo e ênfase na pregação expositiva são os principais impedimentos. “A falta de uma disciplina pessoal para determinar uma leitura sistemática, reflexiva e contínua das escrituras sagradas e pressão por parte do povo, que hoje em dia cobra por respostas rápidas, positivas e soluções instantâneas para problemas urgentes, sobretudo os ligados a finanças, saúde e vida sentimental”, enumera Oswaldo.

A maioria dos pastores corre o dia todo para resolver os problemas práticos e urgentes dos membros de suas igrejas e os pessoais. Outros precisam complementar a renda familiar e acaba tendo outra atividade, fora a agenda lotada de compromisso. Os pastores da atualidade, em geral, segundo Paião,são mais temáticos, superficiais, carregam na retórica, usam (conscientemente ou não) elementos da neurolinguística, motivação coletiva, força do pensamento positivo e outras muletas didáticas e psicológicas. Oswaldo arrisca dizer que muitos ‘pastores precisam rever seus conceitos teológicos e eclesiológicos, sem falar de ética e moral, simplesmente ao ler com atenção e reflexão os livros de Romanos, Hebreus e Gálatas. E antes de ficarem tocando Shofar e criando misticismo, deveriam ler a Torá com toda a atenção, reverência e senso crítico’.

Fonte: Creio

segunda-feira, 2 de agosto de 2010




Membro da Igreja Batista da Lagoinha, Thalles, que já passou por algumas bandas seculares, hoje é evangélico e revela-se a maior revelação do cenário gospel dos últimos anos.

Com uma bela voz, mistura de ritmos e um estilo musical único, Thalles promete ser um dos revolucionários da nova fase que a música gospel passa.

Indicado na época por André Valadão, entre outras pessoas, Thalles conheceu Mauricio Soares (hoje diretor executivo da Sony Music), que lançou ele na música gospel nacional, com o cd Na sala do Pai, lançado em dezembro de 2009 pela Graça Music, que fez um belo trabalho de divulgação.

Não existe uma palavra ao certo, que possa descrever a beleza e a peculiaridade deste trabalho, só realmente ouvindo, que podemos perceber o talento do cantor, diferente de tudo, eu disse de tudo, o que existe hoje no mercado evangélico atualmente.

A capa do álbum é um show á parte! Moderna e arrojada no melhor estilo Digipack, e a poesia das letras, pode chegar a levar o ouvinte, a um “vício santo” de ouvir o albúm em um primeiro momento.

Aqui, eu farei uma limitada análise deste disco, mas com certeza, as minhas palavras não irão ser o suficiente para descrever o que este trabalho representa para quem curte música gospel, com uma qualidade musical acima do padrão.

Arde outra vez começa em um estilo MPB, e já demostra a beleza da voz do cantor no início da canção. A letra da canção, de extrema criatividade, fala de arrependimento pelos pecados passados, e pede um renovo espiritual. Em seguida, o ritmo da canção fica mais rápido e cativante, mudando o instrumental por completo, com Deus respondendo o pedido. Logo após, a canção volta ao seu estilo inicial. Canção inovadora!

Pela graça vem em um estilo pop-rock, com rifs de guitarra e uma musicalidade parecida com a que vemos na banda secular J. Quest, como algumas pessoas já chegaram a comentar. Muito bacana também!

Ele é contigo já vem em um estilo black music, e vem com a participação especial de Marcos Kinder, amigo do cantor. “Ele é contigo, onde você estiver, ele é abrigo, seu amigo, Deus provedor, pode confiar”, diz um trecho da canção.

Deus do impossível explora ainda mais a capacidade da voz do cantor, e vem no melhor estilo acústico, fala das situações difíceis, e que só Deus pode resolver tais situações, que se os nossos problemas são grandes, Deus é bem maior. A música pode levar o ouvinte ás lágrimas!

Deus da minha vida explora efeitos eletrônicos, evoluindo para o rock no refrão da canção. É incrível como a canção emociona os ouvintes, pela beleza da letra, com uma poesia única.

Deus da força explora o black music novamente, mas com uma pegada mais pesada, uma ótima interpretação e belas firulas. Fora o instrumental que também arrebenta, alías, em todas as canções o instrumental está maravilhoso.

“Eu sinto falta da Sua voz, me chamando pra entrar, eu sinto tanta saudade, de caminhar contigo, saudades do meu amigo, saudades do meu Pai” – Casa do Pai é uma canção que leva ao arrependimento pessoas que estão afastadas e querem uma nova chance. O ritmo com o violão é cativante, explorando mais uma vez o acústico. Quando eu coloquei a canção para um amigo meu ouvir, foi notório um arrependimento, com os olhos dele cheios d’água, e visivelmente emocionado.

Amor maravilhoso, como o próprio nome da canção diz, fala do amor de Deus, em um ritmo bem americanizado e moderno.

Quero aprender com Jesus versa sobre cumprirmos os mandamentos do Pai, perdoarmos e vivermos o amor. Fala também sobre amarmos a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmo, e nos importarmos com a dor de nossos irmãos, vivendo o amor, e vivendo para amar. O acústico novamente vem com força nesta música que tanto toca e trata as nossas vidas.

Águas que saram é uma das mais lentas do repertório, porém depois evolui para algo mais forte. Fala sobre vermos os milagres e as maravilhas do Senhor. É uma música que clama pelo rio de Deus. A música é uma preparação para a canção seguinte.

Em ritmo de capoeira, Quero as águas foi a primeira música de trabalho, e fez o cd vender mais de 30.000 cópias, antes mesmo de ser lançado. Música de ótimo gosto e que mostrou o potencial de Thalles para o mercado fonográfico.

Tudo que sonhei fala que podemos conseguir e alcançarmos tudo aquilo que sonhamos, porém, que nada disso valerá se não vivermos para Jesus.

Eu tenho um Deus explora o teclado em uma pegada bem parada, e disserta sobre a soberania, graça e poder de Deus.

Não pare, não vem como uma balada, e é uma música que encoraja o ouvinte a estar firme em Deus e não parar em meio ás tempestades da vida. A inclusão de uma voz feminina dizendo “Nã, nã, nã, não pare” deixa a música com um tom muito bem humorado. O coro que acompanha o cantor também fez uma interpretação excelente.

Em uma época de músicas tão saturadas, já exploradas, ou até mesmo, com temas bastante batidos e usados, Na sala do Pai, chega como uma renovação e revolução, e mostra para todos, que podemos explorar bem mais a poesia e os estilos musicais.

Para quem busca novidade, limpe os seus ouvidos de tudo o que você já ouviu na música gospel, e experimente ouvir, e até mesmo divulgar este cd, que revela-se o melhor lançamento dos últimos anos.